Leopoldina, Independência e Morte é uma obra teatral baseada na vida da imperatriz que foi casada com Dom Pedro I e teve grande importância no processo de independência do Brasil, apesar de não ter seu papel amplamente reconhecido.

O espetáculo apresenta três fragmentos da vida da imperatriz Leopoldina:

O primeiro se passa em 1818, nove meses depois de sua chegada ao Brasil. Leopoldina acaba de descobrir que está grávida de sua primeira filha e relata a uma interlocutora estrangeira suas impressões sobre o Brasil. Apesar de seduzida pela exuberância tropical, assustam-na as diferenças entre sua Viena natal, cuja corte é a mais sofisticada da época, e os hábitos vigentes no Brasil. Revelando, por fim, seu anseio por retornar à Europa, ela pede que sua interlocutora leve uma carta a seu pai, pedindo que este interceda a seu favor.

O segundo fragmento salta para 1823, pouco mais de um ano após a proclamação da independência do Brasil e às vésperas da partida de José Bonifácio, exilado por ter rompido com Dom Pedro I e se demitido do cargo de ministro de Estado. Ela acaba de descobrir que está grávida mais uma vez, agora de sua sexta filha. José Bonifácio a procura para pedir ajuda: ele não pode ser enviado a Portugal, que o considera um traidor devido à participação na independência e, por isso, o condenará à morte. Neste que seria supostamente o último encontro dos dois, eles avaliam o conturbado processo de independência, seus sucessos e fracassos. Leopoldina revela-se já bastante diferente da jovem do primeiro fragmento: dona de uma compreensão madura sobre a situação política e de sua própria importância nesse processo, tem a percepção de que sacrificou seu desejo de retornar à Europa ao se tornar imperatriz do Brasil.

O terceiro fragmento, em 1826, ocorre pouco antes de sua morte. Cheia de dúvidas e humilhada publicamente pela nomeação de Domitila como sua principal camareira, Leopoldina morre na ausência do marido, Dom Pedro, que luta na Guerra da Cisplatina. Como num delírio, ela revisita a própria história e vislumbra eventos futuros. Nesses devaneios, reivindica a autoria da independência do Brasil e antevê eventos vinculados a si mesma e aos problemas do país.

O teatro, com seu potencial de mobilizar sentidos, imaginação, razão e sensibilidade, traz à tona toda a força dessa mulher que deu a vida para que o Brasil se tornasse independente.

FICHA TÉCNICA

Texto e Direção: Marcos Damigo
Elenco: Sara Antunes e Joca Andreazza
Consultoria Histórica: Paulo Rezzutti
Cenografia: Renato Bolelli Rebouças
Figurinos: Cássio Brasil
Desenho de Luz: Roberto Setton
Trilha Sonora Eletrônica e Desenho de Som: Nivaldo Godoy
Trilha Sonora Instrumental (cello, flauta e sax): Ana Eliza Colomar
Gravação de Trilha: Origem Estúdio, Gravação e Eventos
Técnico de Gravação: Manoel Cruz
Preparação de Elenco: Tarina Quelho e Lucas Brandão
Assistente de Direção: Laura Salerno
Assistente de Cenografia: Amanda Vieira
Fotografia, Vídeo e Projeto Gráfico: Victor Iemini
Comunicação: Agência Fervo – Priscila Cotta e Júlia Ramos
Assessoria Jurídica: Renata Araújo
Assistente Administrativo: Sérgio Antônio Moura
Contabilidade: Andrade & Associados
Design de Produção: Fernanda Moura e Renata Araújo
Idealização: Marcos Damigo
Produção e Administração: Fernanda Moura – Palimpsesto Produções Artísticas

Em 2017, foram realizados dois estudos fundamentais para a estreia de 2018:

[estudo#1]

No dia 7 de setembro de 2017, em meio às comemorações da independência, foi apresentado o terceiro fragmento da peça, no qual Leopoldina reivindica a autoria da independência do país. Na ocasião, ela circulou entre as pessoas nos jardins em frente ao Museu Paulista, no bairro do Ipiranga, em São Paulo.

[estudo#2]

Entre 8 de novembro e 3 de dezembro de 2017, em meio às comemorações de 200 anos da chegada de Leopoldina ao Brasil, o saguão do Museu Paulista, fechado desde 2013, foi aberto exclusivamente para a apresentação do primeiro fragmento da peça, que trata do período inicial da imperatriz Leopoldina no Brasil, e do terceiro fragmento, já apresentado no dia 7 de setembro.

FICHA TÉCNICA
Texto e Direção: Marcos Damigo
Elenco: Fabiana Gugli e Joca Andreazza
Assistente de Direção: Laura Salerno
Dramaturgista Cênico e Vídeos: Lucas Brandão
Figurinista: Cássio Brasil
Iluminador: Roberto Setton
Produção Executiva: Fernanda Moura
Fotos: Victor Iemini